quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Cap. I

Minha vida sempre foi normal, ou pelo menos eu considerava assim. Ia para a escola, depois para o basquete, pegava um ônibus e ia para casa estudar um pouco [bem pouco], e assim ia escrever um pouco, escutar música, jogar conversa fora com os meus amigos ou terminar algum livro que houvesse deixado pela metade no semestre passado. Minha mãe chegava, nós jantávamos e eu me trancava no sótão até chegar o sono, então eu descia para dormir, e assim nascia outro dia para começar tudo de novo. Uma vida simples, e igual, mas não era triste com ela. Gostava da monotonia das tardes, e já que as passava sozinha, eu tinha a casa inteira só para mim, sem ninguém me dizendo o que fazer ou o que não fazer.
Mas...
Faz alguns dias que a minha vida mudou completamente. Não como a do Parker em “O Homem Aranha” ou como Patience em “A Mulher Gato”, mas a mudança para mim foi tão drástica quanto ter sido mordida por uma aranha e começar a sair salvando as pessoas com uma fantasia esquisita e poderes aracnídeos.
Agora a monotonia das tardes de que tanto apreciava passou completamente! Como? Bom, no meio das tralhas da minha avó, simples recordações, que habitam o sótão juntamente com tralhas da minha mãe e as minhas tralhas, achei um velho pergaminho, e tinha cara de ter sido feito na Idade Média, pelas letras e desenhos, pois eram de um dialeto desconhecido. O couro estava gasto e as pontas estavam se desfazendo um pouco, mas apesar das circunstâncias, estava bem conservado.
Guardei-o e no dia seguinte fui perguntar a minha avó sobre ele. Quando esta pousou os olhos no tal pergaminho, sua expressão era de surpresa, mas passado o susto, perguntei o que era o pergaminho, as origens etc. Ela primeiro ficou meio hesitante, o que me fez pensar em desistir de saber a resposta, mas ela sorriu e depois começou a me explicar sobre o tal objeto. Mais tarde fiquei sabendo que assim como achei, ele fora fabricado na Idade Média por uma ancestral nossa, e foi passando de geração a geração de mulheres, até que chegou às mãos dela.
Em relação à origem do pergaminho, ela foi muito vaga o que me deixou com uma pulga atrás da orelha, mas percebi que por hoje, apenas o que ela iria me dizer seria isso.

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