segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Continuação do Cap: I

Voltei para casa pensando em pesquisar cada centímetro do pergaminho. E o fiz. Descobri que havia um selo no canto inferior esquerdo do qual o desenho me era familiar. Pesquisei na internet, mas não encontrei nenhum site que falasse sobre ele e nem mesmo sua imagem, era como se tal selo não existisse!
E assim foi entardecendo e no dia seguinte eu teria escola, então resolvi ir me deitar. Mas o tal pergaminho me perseguiu até em meus sonhos. Na manhã seguinte acordei no horário usual, me vesti, mas ao invés de colocar o cinzento uniforme escolar, vesti um suéter de cashmere azul, e o meu coturno preferido, pois na noite anterior havia nevado e na rua ainda havia resquícios do evento. Iria matar a aula de hoje para pesquisar mais sobre o tal pergaminho. E a primeira parada seria a biblioteca. Lá com certeza eu iria encontrar algum livro sobre antigos brasões ou selos.
A vantagem de ir sozinha para o colégio é que você pode matar aula quando quiser sem seus pais suspeitarem, desde que saia e chegue nos horários normais. E eu especialmente tenho uma vantagem ainda maior: minha mãe sai mais cedo que eu e volta para casa apenas a noite, então eu posso muito bem passar o dia inteiro na cama. Mas o meu lado responsável de ser não me permite o luxo de matar muitas aulas, o que por hoje foi ignorado completamente. Peguei uma grande e lustrosa maçã, dinheiro para alguma emergência alimentar, e um ônibus qualquer. Saltei em frente a algumas árvores, onde do outro lado, um imenso e imponente prédio jazia havia séculos. A construção era cinza assim como o resto de Londres inteira, mas os telhados eram de um azul claro desgastado pelo tempo. Londres, eu costumo dizer, é uma cidade fria, pouco acolhedora e principalmente: cinza. Mesmo em dias ensolarados verdadeiramente bonitos, o povo londrino é cinza.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Cap. I

Minha vida sempre foi normal, ou pelo menos eu considerava assim. Ia para a escola, depois para o basquete, pegava um ônibus e ia para casa estudar um pouco [bem pouco], e assim ia escrever um pouco, escutar música, jogar conversa fora com os meus amigos ou terminar algum livro que houvesse deixado pela metade no semestre passado. Minha mãe chegava, nós jantávamos e eu me trancava no sótão até chegar o sono, então eu descia para dormir, e assim nascia outro dia para começar tudo de novo. Uma vida simples, e igual, mas não era triste com ela. Gostava da monotonia das tardes, e já que as passava sozinha, eu tinha a casa inteira só para mim, sem ninguém me dizendo o que fazer ou o que não fazer.
Mas...
Faz alguns dias que a minha vida mudou completamente. Não como a do Parker em “O Homem Aranha” ou como Patience em “A Mulher Gato”, mas a mudança para mim foi tão drástica quanto ter sido mordida por uma aranha e começar a sair salvando as pessoas com uma fantasia esquisita e poderes aracnídeos.
Agora a monotonia das tardes de que tanto apreciava passou completamente! Como? Bom, no meio das tralhas da minha avó, simples recordações, que habitam o sótão juntamente com tralhas da minha mãe e as minhas tralhas, achei um velho pergaminho, e tinha cara de ter sido feito na Idade Média, pelas letras e desenhos, pois eram de um dialeto desconhecido. O couro estava gasto e as pontas estavam se desfazendo um pouco, mas apesar das circunstâncias, estava bem conservado.
Guardei-o e no dia seguinte fui perguntar a minha avó sobre ele. Quando esta pousou os olhos no tal pergaminho, sua expressão era de surpresa, mas passado o susto, perguntei o que era o pergaminho, as origens etc. Ela primeiro ficou meio hesitante, o que me fez pensar em desistir de saber a resposta, mas ela sorriu e depois começou a me explicar sobre o tal objeto. Mais tarde fiquei sabendo que assim como achei, ele fora fabricado na Idade Média por uma ancestral nossa, e foi passando de geração a geração de mulheres, até que chegou às mãos dela.
Em relação à origem do pergaminho, ela foi muito vaga o que me deixou com uma pulga atrás da orelha, mas percebi que por hoje, apenas o que ela iria me dizer seria isso.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Prefácio:

Loira, de olhos verdes, um metro e 70 cm e esguia, parece aquele tipo de garota no qual chove garotos em todo lugar que vai, e é A popular do colégio. Bom, pelo menos teoricamente.
Comigo nada disso acontece. Eu sou uma das rejeitadas e intituladas do colégio, e faz bastante tempo que não beijo um garoto. Minha paixão é jogar basquete, e minha outra paixão está no basquete. Seu nome é Daniel e eu gosto dele há uns 2 anos. Seus cabelos castanhos e cacheados me lembram um anjo, é alto e esguio, e ele tem os olhos castanhos mais profundos que já vi. Fora que sei gosto musical é incomparável, além de ser gentil legal e simplesmente adorável! Mas vamos deixá-lo de lado e ir logo ao que interessa: além de ser rejeitada no colégio, ter poucas, mas boas amigas, gostar de um garoto há dois anos e ele não olhar para mim, ter uma mãe que me enche muito o saco. Tem mais uma coisa que você precisa saber sobre mim.